Rede Matogrossensse de Hip Hop

24.7.07

Grupo Hip Hop Soul Agredido em hotel de Curitiba

A cena aconteceu no Hotel Formule1 da rede Accors de hotéis. O grupo estava em Curitiba quando detectou um problema: apesar de terem pago todas as diárias, a equipe do hotel disse que faltava uma diária. No caso, cobrariam uma diária a mais e um dos membros do grupo estava sem quarto. Com a fatura em mãos e procurando resolver o problema, foram agredidos por vários seguranças, que não queriam que a situação fosse filmada.

A notícia é do site Rap Nacional, que postou inclusive o vídeo da cena. É simplesmente absurdo. Revolta simplesmente em assistir os seguranças tentarem exercer autoridade contra civis como se fossem realmente uma autoridade. Tentando proibir a filmagem e agindo como censores contra a liberdade de expressão (um direito constitucional de todos nós) enquanto abusam fisicamente do grupo, com cassetete, tapa na câmera e demonstração de falta de controle, insegurança, incompetência e principalmente ignorância.

Esse tipo de ação é justamente a que deve ser denunciada e mostrada. Isso acontece em todos os lugares de nosso Brasil, às vezes em locais que não podem ser filmados, ou com pessoas que não têm uma câmera. Mas isso precisa acabar. Um segurança privado não tem mais autoridade do que um civil e utilizar cassetetes contra clientes do hotel configura abuso de poder e agressão física qualificada, ainda com a tentativa de apagar as provas do fato, configurando neste caso obstrução da justiça. Todos os seguranças envolvidos no episódio devem ser punidos, de que forma cabe à empresa, mas principalmente a rede de hotéis, a gerência do Formule1 e os funcionários responsáveis pela confusão desnecessária.

Por que isso acontece? Porquê é um grupo de rap? Então agora seremos discriminados pela vida que escolhemos? Se fosse o Caetano Veloso, eles chamariam os seguranças? Qual é afinal o motivo para esse ato de violência desnecessária?

Sinceramente, não sei… mas sei que algo deve ser feito. Por isso aplaudo a decisão do grupo de filmar até o fim e colocar na internet para que todos possam ter consciência do acontecido. Se mais pessoas se dispusessem a encarar de frente essas situações e fazer como eles, o Brasil com certeza seria bem diferente.